A engenharia civil está em constante evolução, e a metodologia BIM (Building Information Modeling) tem desempenhado um papel crucial na transformação da forma como os projetos são criados, gerenciados e executados. No âmbito da compatibilização de projetos, a aplicação de BIM tem se destacado, permitindo uma integração mais eficiente e precisa de informações. Neste artigo, exploraremos os níveis de detalhamento (3D ao 10D) na engenharia civil e como a metodologia BIM potencializa cada um desses níveis.
O que vamos abordar neste artigo:
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Agora nos aprofundaremos mais em cada tópico.
Em primeiro lugar, o nível 3D no contexto BIM representa a criação de modelos tridimensionais detalhados, proporcionando uma visualização mais realista dos projetos. Esse nível é essencial então, para a compreensão espacial e a identificação precoce de possíveis conflitos entre disciplinas.
Logo após, com a introdução do quarto dimensionamento, o BIM permite incorporarmos a dimensão temporal. Facilitando assim o gerenciamento de prazos e cronogramas. Os modelos agora não apenas representam a geometria, mas também evoluem ao longo do tempo, auxiliando na programação e na identificação de gargalos. Então, a partir do momento que conseguimos perceber quais atividades são dependentes de outras, podemos identificar aquelas que são primordiais e que não podem em hipótese nenhuma sofrerem atraso para que o cronograma da obra não seja prejudicado.
No quinto nível, o BIM agrega a dimensão de custos aos modelos, permitindo uma estimativa mais precisa dos recursos necessários. Essa integração é vital para o controle financeiro do projeto, permitindo que identifiquemos quais materiais são responsáveis pelo maior gasto, e quanto de recurso será necessário em cada etapa da construção.
A preocupação com a sustentabilidade tem crescido na engenharia civil. O sexto nível de detalhamento inclui informações sobre o desempenho energético e ambiental do projeto. Isso possibilita não só garantirmos um maior conforto para o cliente, como também uma análise do ciclo de vida do edifício, contribuindo para escolhas mais sustentáveis desde a fase de concepção.
A gestão eficaz de ativos é crucial para a operação contínua de infraestruturas. O sétimo nível incorpora dados de manutenção e operação que serão passados ao cliente, auxiliando-o assim a realizar manutenção de todo e qualquer equipamento presente na edificação de maneira correta e no intervalo correto, otimizando assim sua eficiência e aumentando o ciclo de vida dos ativos.
A oitava dimensão traz consigo a capacidade de realizar análises de riscos mais precisas. Isso é crucial para antecipar desafios potenciais e implementar estratégias de mitigação desde as fases iniciais do projeto.
A nona dimensão consiste na possibilidade de eliminarmos o desperdício quase que por completo a partir de quantitativos muito precisos e métodos bem definidos em todos os processos da construção desde o seu início.
Por fim, o mais recente nível de detalhamento envolve a implementação de tecnologias como realidade virtual e aumentada, sendo associada à capacidade de associar o projeto a novas tecnologias. Isso permite uma visualização ainda mais imersiva do projeto, facilitando a comunicação entre as partes interessadas e melhorando a compreensão do projeto como um todo.
A compatibilização de projetos na engenharia civil, utilizando a metodologia BIM, alcançou níveis de detalhamento impressionantes, indo muito além da simples modelagem tridimensional. Do 3D ao 10D, cada dimensão agrega valor ao processo, proporcionando uma abordagem completa que abrange desde a concepção até o ciclo de vida completo do projeto. Investir na implementação eficaz do BIM é, portanto, uma decisão estratégica para empresas de engenharia civil que buscam excelência, eficiência e sustentabilidade em seus empreendimentos.
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