Certamente ocorrência de vazamento de corrente pode ser muito perigosa e ocorrer por diversas razões distintas, como o contato acidental com fios desencapados, o toque em partes energizadas de uma tomada ou a instalação inadequada de equipamentos, entre outras. Por isso, é muito importante entender os dispositivos de segurança que impedem que esses vazamentos causem acidentes.
O que vamos abordar neste artigo:
Você pode ir direto para a parte que mais te interessa:
Agora nos aprofundaremos mais em cada tópico.
Primeiramente, DR é a sigla utilizada para abreviar o termo “Dispositivo Residual”. Ou seja, ele é um elemento elétrico que serve para detectar possíveis fugas de corrente nos circuitos em que se encontra instalado, protegendo pessoas e animais de choques elétricos.
A fuga de corrente se dá por vários motivos diferentes, tais como toque acidental em fios desencapados, contato com parte energizada de uma tomada, equipamentos mal instalados; entre outros. Logo, através desse dispositivo é possível também verificar a saúde de uma instalação, evitar um possível incêndio causado por uma fuga de corrente e até conseguir uma economia na conta de energia elétrica.
O DR faz com que a corrente do circuito que ele está protegendo circule de seu(s) polo(s) para o neutro, com isso, a corrente que que circula dos seus polos e retorna ao neutro devem ser as mesmas. No caso de alguma fuga de corrente, o valor que retorna ao neutro será menor, por consequência, ele atua desenergizando o circuito e fazendo a proteção.
Com relação ao princípio de funcionamento, conseguimos encontrar dois tipos de DR: o IDR e o DDR. Ambos são comercializados de diversas correntes nominais.
O IDR, se refere ao termo “Interruptor diferencial residual”, tem como função detectar e seccionar um circuito quando ocorre uma fuga de corrente.
Já o DDR, “Disjuntor diferencial residual”, tem proteções extras, se comparado a versão mais econômica. Ele atua também em caso de sobrecarga e curto-circuito. Fazendo assim, com que ele possa ser instalado na função de disjuntor geral em um quadro elétrico. Porém, devido ao alto custo e baixa disponibilidade no mercado não é muito utilizado.
Então, será que todos os meus circuitos precisam de proteção por um DR? Não necessariamente. Conforme a norma ABNT NBR5410, a instalação do DR é obrigatória para alguns casos específicos, são eles:
a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro;
b) os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior;
d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas/cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
e) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.
Lembrando que o DR de 30mA é o mais apropriado para proteção de choque elétricos humanos que é a corrente próxima do limite que o corpo humano suportaria sem causar efeitos danosos.
Assim, o DR pode ser dimensionado de maneira a proteger um único circuito ou um grupo de circuitos, sendo que para definir o método de proteção, é imprescindível analisar questões de comercialização, custo/benefício e futuras manutenções.
Por fim, conclui-se que a utilização desse dispositivo é de extrema importância, que vai além de estar em conformidade com a norma. Lembre-se que a segurança e a vida devem estar em primeiro lugar!
GLEISSON FERREIRABIM MEP ElectricalPORTO BELLO ENGENHARIA. |